Prisão Preventiva no Brasil: Entenda o que é, quando pode ser decretada e quais são os direitos do acusado

Prisão Preventiva no Brasil: Entenda o que é, quando pode ser decretada e quais são os direitos do acusado

Quando a liberdade é restringida antes da condenação: entenda os critérios legais, limites e possibilidades de defesa na prisão preventiva no Brasil.

A prisão preventiva é uma medida cautelar prevista no Código de Processo Penal brasileiro, utilizada antes da condenação definitiva. Apesar de não ser uma pena, ela restringe a liberdade do investigado ou acusado para garantir a efetividade do processo e a segurança da sociedade.

Neste artigo, você vai entender o que é prisão preventiva, quando ela pode ser decretada, quais direitos o acusado mantém e como a defesa pode atuar.

O que é prisão preventiva?

A prisão preventiva é uma medida provisória decretada por um juiz, geralmente a pedido do Ministério Público ou da autoridade policial, quando há indícios suficientes de autoria e materialidade de um crime, e a liberdade do acusado representa risco para o processo ou para a sociedade.

Segundo o artigo 312 do Código de Processo Penal, ela pode ser aplicada para:

  • Garantir a ordem pública ou ordem econômica.
  • Assegurar a aplicação da lei penal (evitar fuga).
  • Garantir a conveniência da instrução criminal (evitar destruição de provas ou intimidação de testemunhas).

Quando a prisão preventiva pode ser decretada?

A lei exige fundamentação concreta. Entre as situações mais comuns estão:

  • Crimes graves, como homicídio, estupro, tráfico de drogas ou corrupção.
  • Risco de fuga do acusado.
  • Tentativa de influenciar testemunhas ou destruir provas.
  • Reincidência ou histórico de crimes semelhantes.

Importante: a prisão preventiva não pode ser usada como punição antecipada. Ela deve ser excepcional e durar apenas o tempo necessário para proteger o processo.

Direitos do acusado durante a prisão preventiva

O juiz pode substituir a prisão por medidas cautelares diversas, como:

  • Uso de tornozeleira eletrônica.
  • Proibição de contato com determinadas pessoas.
  • Recolhimento domiciliar noturno.
  • Suspensão do exercício de função pública.

Essas alternativas são previstas no artigo 319 do CPP e visam equilibrar a proteção do processo com a liberdade do acusado.

Alternativas à prisão preventiva

O prazo é curto: o mandado de segurança deve ser protocolado em até 120 dias a partir do ato que violou o direito.

Por isso, é fundamental buscar orientação jurídica o quanto antes, assim que perceber o desrespeito ao seu direito.

O papel do advogado criminalista

O advogado atua para:

  • Verificar se a prisão foi decretada de forma legal.
  • Solicitar revogação ou substituição por medidas cautelares.
  • Garantir que os direitos do acusado sejam respeitados.
  • Preparar a defesa para o julgamento.

Considerações finais

A prisão preventiva é um instrumento importante, mas deve ser usada com cautela para não violar direitos fundamentais. Conhecer as regras e limites dessa medida é essencial para qualquer cidadão.

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